Ainda imaturo. É assim que o site de pesquisas de mercado americano eMarketer define o móbile commerce no mundo. Embora 70 milhões de americanos já acessem a web de forma remota, o maior foco desse uso está em acessar previsão do tempo, notícias, horário de sessão de cinema e checar a conta do banco. As compras ainda não entram na lista.
“Desenvolvedores tem introduzido aplicações que dão autonomia e conveniência para o consumidor, com novíssimas ferramentas de compras”, diz Jeffrey Grau, analista sênior dão eMarketer e autor do estudo “Mobile Commerce: à frente de seu tempo”. “Mas varejistas ainda estão reticentes em investir estrategicamente em algo tão novo”. O principal entrave que desanima os varejistas está relacionado à segurança do consumidor. Há também uma falta de padronização entre browsers de smartphones e sistemas operacionais.
O estudo da eMarketer descobriu entretanto que mesmo ainda resistentes, os consumidores se mostram inclinados à proposta de comprar pelo celular. Entre os itens de maior propensão estão itens de baixo valor como pizza, entrada de cinema, reserva de hotel e fast food.
Mas atenção, a pizza é comprada via troca de informações na web e não ligando e pedindo com a voz. Em pesquisa realizada pela Gouvêa de Souza e Ebeltoft, descobriu-se que enquanto globalmente 90% dos consumidores disseram nunca ter comprado via celular, no Brasil, 20% dos entrevistados afirmaram já ter adquirido produtos pelo telefone com destaque para serviços delivery de alimentação. Embora o download esteja alinhado ao padrão de considerar m-commerce apenas como transmissão de dados via celular, o fato é que no mercado brasileiros os consumidores usam seus aparelhos móveis para adquirir alimentos e serviços relacionados. Com quatro vezes mais celulares que telefones fixos – são 160 milhões de linhas móveis contra 42 milhões de fixas – a opção móvel torna-se preferência da maioria da população, que mesmo quando tem telefone fixo em casa chega a não cogitar o uso dessa opção mais barata para fazer a ligação. Assim, explica-se os 20% de brasileiros comprando pelo celular.
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