quarta-feira, 14 de julho de 2010

O futuro da informação

Há incerteza sobre o futuro da mídia impressa, rádio e TV, mas   os jornalistas estão satisfeitos com seus empregos e encarando de forma positiva o impacto da mídia digital, segundo,um novo estudo internacional da Oriella PR Network que, na América Latina é representada pela VIANEWS Comunicação Integrada.

Os jornalistas hoje trabalham mais, em um ambiente de contínua incerteza e  têm menos espaço para matérias de investigação, de acordo com um estudo publicado hoje pela Oriella PR Network. Com todos estes desafios, porém, o terceiro ano do Estudo do Jornalismo Digital concluiu que os jornalistas pensam de forma positiva sobre os impactos da mídia digital e da mídia social em sua produção, e a satisfação no trabalho global continua a ser predominantemente alta.
O estudo entrevistou 774 jornalistas em 21 países, incluindo Brasil (com 108), Alemanha, Reino Unido e EUA. Quase metade dos entrevistados (46%) deste ano disse ser cobrada pela produção de mais conteúdo do que antes. Um em cada três (30%) está trabalhando mais horas. No entanto, quase metade (46%) disse que seu trabalho melhorou em razão das mídias digital e social (um aumento de 39% em relação a 2009). Apenas 17% disse que sua satisfação com o trabalho diminuiu.

Ao mesmo tempo, o estudo descobriu uma crescente incerteza sobre o futuro da mídia ´offline´ (mídia impressa, televisão e rádio), com 40% dos entrevistados afirmando que a  receita de publicidade caiu mais de 10%, e mais da metade dos entrevistados manifestou a convicção de que os seus modelos de publicações offline possam ser extintos e retirados do mercado em algum momento no futuro (em 2009 eram 32% os que pensavam assim).  No Brasil, entretanto, a maioria diz que a principal perda foi de audiência (abaixo de 10%), mas que também houve perda de receita de anúncios (abaixo de 10%).

Um número crescente de publicações está pesquisando, ou implementando estratégias para cobrar pelo conteúdo. Quase um em cada quatro entrevistados (22%) disse que sua publicação está pesquisando ou lançou aplicativos para smartphone, a fim de entregar conteúdo pago para usuários móveis e 16% está pesquisando conteúdos pagos para iPads e e-readers. 25% disseram que sua publicação está considerando uma taxa fixa de assinaturas e quase um terço (30%) apenas oferecem conteúdo online para seus assinantes.

No Brasil, 24% diz que seu grupo ou empresa já está praticando ou considerando como novas fontes para gerar receita o acesso gratuito ao conteúdo online apenas para assinantes dos impressos. Em segundo lugar (11,11%) aparece a prática de cobrança de assinatura para conteúdo online.

O estudo também demonstra até que ponto as mídias sociais e foram incorporados nas redações. Menos de 15% dos jornalistas entrevistados disseram que suas publicações não usam nenhum tipo de mídia social ou digital - menos do que quase um quarto há dois anos (No Brasil são 18,5%). Entretanto, a adoção de blogs e Twitter têm continuado a crescer, com 47% dizendo que suas publicações têm jornalista autor de blogs, e 40% dizendo que as suas publicações usam o Twitter.

O Twitter é o campeão no Brasil, sendo utilizado por 52,7% das publicações representadas pelos jornalistas que responderam à pesquisa, seguido por blog de jornalistas (49%).
Giles Fraser, Sócio da Oriella PR Network e Co-Fundador da Brands2Life, diz que "este terceiro estudo anual mostra como as mídias digital e social têm se incorporado amplamente às organizações do setor. Embora ainda haja muita experimentação acontecendo, fica claro que as publicações veem grandes oportunidades em suas operações digitais, não apenas em termos de oferta de novas plataformas de publicação de conteúdo, mas também em termos de cobrança por esse conteúdo.

"Segundo Pedro Cadina, diretor presidente da VIANEWS Comunicação Integrada e representante da Oriella na América Latina, "um dos resultados mais importantes dessa pesquisa no Brasil é com relação à influência das dificuldades econômicas vividas nos últimos meses pelas empresas de mídia". Mais de 35% dos entrevistados acreditam que haverá um número crescente de novas mídias (como blogs) e que isso conduzirá a uma nova paisagem midiática. E mais de 27% confia que a audiência se voltará para as marcas de maior credibilidade.

Na opinião de Fraser, "enquanto essas mudanças acontecem nas redações, comunicadores devem esperar que os jornalistas se tornem mais exigentes: o seu conteúdo terá de ser de alta qualidade para atrair as receitas de mídia que os patrões esperam. A fim de garantir encurtar o desenvolvimento das marcas neste ambiente, os comunicadores devem certificar-se de que suas relações públicas são coordenadas entre ambas as mídias (sociais e convencionais), e  que estão correspondendo satisfatoriamente aos requisitos básicos da imprensa: fortes ganchos para notícias, comentários atraentes e material visual  relevante e de excelente qualidade."

Sobre o Estudo Jornalismo Digital 2010
 O estudo do jornalismo digital foi elaborado em maio e junho de 2010, por meio de um questionário online enviado a 774 jornalistas na Bélgica, Brasil, Leste da Europa, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia, Holanda, o Reino Unido e os EUA. Este ano, pela primeira vez, foram incluídos jornalistas do Brasil, Europa Oriental e  EUA.

Para baixar o relatório completo em português, acesse aqui. Para baixar o relatório com os resultados do Brasil, acesse aqui.

Fonte: Site Consumidor Moderno
http://consumidormoderno.uol.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2304:midia-digital-domina-enquanto-as-publicacoes-buscam-alternativas-para-a-queda-de-receita-com-publicidade&catid=125:tendencia&Itemid=165

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