Durante o maior congresso de tecnologia e TI da América Latina, o Futurecom, Steven Van Zanen líder mundial de MKT e estratégia da empresa de inovações tecnológicas Acision, apresentou dados sobre o uso da banda larga móvel no Brasil.
A pesquisa quantitativa e qualitativa foi realizada em agosto deste ano e revelou um mercado brasileiro inexplorado neste campo. Foram entrevistadas pessoas de ambos os sexos entre 16 e 74 anos das classes A/B/C que utilizavam planos pós e pré-pagos.
As 2500 entrevistas foram realizadas nas cinco regiões brasileiras e incluíram as quatro maiores operadoras de telefonia móvel. Ao todo, 819 pessoas eram usuárias de internet móvel (33%). Os números projetados, com base nesta amostragem, impressionam:
* 22 milhões de consumidores utilizam internet móvel no País;
* 44 milhões de brasileiros (66%) com acesso à internet não utilizam mobilidade em suas conexões;
* 6 milhões dos não-usuários desse tipo de rede (14%) estão começando a considerar a ideia de aderir à mobilidade;
* 7 milhões de consumidores em potencial (16%) não entendem as vantagens e serviços que a internet mobile pode fornecer.
Segundo a pesquisa, o preço é o principal inibidor da difusão da banda larga móvel e é visto como a chave da insatisfação de 55% dos consumidores. “Ou seja, oferecer preços mais acessíveis é algo essencial para desencadear um maior crescimento da banda larga mobile no Brasil”, ressalta Steven.
Rafael Steinhauser presidente da empresa na América Latina revela os planos promissores da Acision neste contexto. “A Acision tem a ambição de se tornar líder mundial de conteúdo para mobile”, revela.
A qualidade das conexões móveis também é vastamente questionada. 75% reclamam de velocidade baixa de transmissão de dados; 73% sentem dificuldade para conseguir a conexão e 68% lutam para se manterem conectados. “Apenas 10% dos 22 milhões de usuários podem não ter problemas com a qualidade dos serviços”, comenta.
Outro dado interessante mostra que 52% dos brasileiros utilizam a internet móvel como o único modo de acessar a rede. Essa informação impressiona já que em países como Estados Unidos e Reino Unido os números são respectivamente 20% e 17%. “Esse é mais um motivo para que a banda larga móvel seja cada vez mais explorada aqui”, afirma Steven.
No momento o nível de satisfação do brasileiro com internet móvel é alto. Steven diz já ter visto esse mesmo fenômeno no mercado americano. “O nível ainda é bom porque o consumidor está entusiasmado com as soluções e com a novidade de muitos serviços, porém, conforme o tempo for passando os problemas da rede vão irritando o consumidor”, alerta.
Vídeo: o carro-chefe da tecnologia mobile
A pesquisa da QuantiNet/Acision destaca que os serviços de vídeo na internet móvel é mais popular no Brasil (44% dos usuários) do que no Reino Unido (36%).
O vídeo corresponde a 66% do trafego na internet mobile. Sendo esse o carro-chefe aqui no Brasil, as operadoras precisam entender o que agrada e o que irrita o consumidor. “Para o consumidor brasileiro ter um vídeo que trava na hora de rodar é o fator mais irritante na hora de usar sua banda larga móvel. Ele prefere ter uma qualidade inferior de imagem desde que o vídeo flua”, afirma Steven com base nos dados da pesquisa.
Preparar para crescer
Para a Acision há algumas ações necessárias para estimular o crescimento da banda larga móvel no Brasil. São elas:
* Não ignorar a importância do vídeo para o brasileiro.
* Diferenciar cada vez mais a oferta.
* Reduzir o preço ao aumentar a base de consumidores.
* Controlar a qualidade da experiência e satisfação ao gerenciar todos os aspectos do serviço.
* Dar valor ao conteúdo mobile.
Fonte: Site Consumidor Moderno
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