O rei supera craques em voga, como o melhor jogador do mundo no ano passado, o argentino Lionel Messi, do Barcelona; o badalado atacante sueco Ibrahimovic, do Milan; o brasileiro Kaká, do Real Madrid, e o italiano Francesco Totti, do Roma.
Segundo o jornal italiano “Corriere dello Sport”, o Rei do Futebol fatura por ano US$ 18 milhões (R$ 30,3 milhões) vendendo sua imagem para o mundo da comunicação. Informa ainda o jornal que Pelé não empresta sua imagem para divulgar um produto em qualquer parte do mundo por menos de US$ 1 milhão (R$ 1,7 milhão). Cita o “Corriere dello Sport” que para ter sua imagem associada a um produto por 20 anos, Pelé cobra US$ 361 milhões (R$ 607,4 milhões).
Objeto de estudo de marketing corporativo, Pelé passa a imagem ao público de um líder único, simpático, prestativo, gentil, simples e visionário. Mas não possuiria outras qualidades, mais associadas aos mais jovens que ainda estão jogando: inovador, diferente, divertido, sensual, atraente e encantador.
Não há estimativa oficial mas na pesquisa feita aqui na redação. Conclui-se que o homem de 1281 gols já promoveu mais de 200 empresas, marcas ou produtos, isto sem contar aquelas para instituições de caridade em que ele participou sem cobrar cachê.
Motos, videogames, eletrodomésticos, alimentos, carros, bancos, refrigerantes, cartões de crédito entre outros, já venderam milhões tendo a marca de Pelé associada, seja pela mídia tradicional de massa ou por aquilo que não fica fora de nenhuma cláusula, que é a presença em eventos como lançamento de produtos, corporativos ou de incentivo. “A presença do rei é marcante e energiza de forma indescritível o ambiente aonde ele aparece” atesta o diretor aqui do Promoview, Julio Feijó, que já participou de evento com a presença do craque. “Já vi ele ficar mais de duas horas tirando fotos com as pessoas, com uma simpatia incrível”, conclui, dizendo: pelo que sei, ele já participou de muito mais que mil eventos…”
A primeira ação do Rei foi para Tetrapak em 1958, logo após a conquista do título mundial para o Brasil, promovendo embalagem para leite.
Depois, logo que chegou ao Santos foi procurado pela empresa
Pirassununga para estampar o rótulo da cachaça Pelé, naquele que talvez teria sido a primeira “embalagem promocional” da comunicação brasileira. Mas o craque não aceitou e o produto ficou apenas nas centenas “embalagens teste” que alguns colecionadores conseguiram,
deixando em dúvida a existência ou não do contrato.
Algumas das qualidades explicam a fantástica longevidade do mito Pelé. A primeira é a incansável disposição do rei do futebol de percorrer o mundo a fim de manter sua imagem viva na mente e no coração de seus súditos. Pelé passa pelo menos sete meses por ano fora do Brasil e não faz restrições de locais para suas aparições.
Para a Petrobras, por exemplo, participou da cerimônia de lançamento de ADRs na Bolsa de Nova York, mas também esteve na Nigéria participando de um evento cujo objetivo era reforçar as posições da empresa em uma concorrência para exploração de petróleo em águas profundas. “Nunca deixei de cumprir um contrato”, afirma Pelé.
O “toque de midas” do Rei já falhou também, quando ele tentou desenvolver a sua empresa de eventos, a Pelé Sports e Marketing, em sociedade com Hélio Vianna, que acabou não dando certo. Outra frente promocional que ainda não decolou foi a do licenciamento da imagem de Pelé. A última tentativa, com uma griffe italiana, para produzir roupas masculinas, ainda não deu resultados. Mas mesmo neste quesito há um case de sucesso, o Café Pelé. A marca é a quarta mais vendida na Rússia e está em outros 36 países.
Se como empresário no setor de marketing promocional o rei amargou maus resultados, como “garoto promoção” ele foi sem dúvida o camisa 10. “Só Deus pode explicar que, 30 anos depois de deixar de jogar, eu ainda seja tão conhecido no mundo todo, ainda haja tanta gente esperando pelo Pelé”, declarou recentemente para revista Exame.
Nenhum comentário:
Postar um comentário