O FDA, agência do governo norte-americano que regula as indústrias farmacêuticas e de alimentação, fechará o cerco para as próximas ações de promoção on-line de produtos farmacêuticos

O FDA, agência do governo norte-americano que regula as indústrias farmacêuticas e de alimentação, chamou a atenção da empresa Novartis na última semana devido a uma ação de promoção no Facebook, de um de seus medicamentos para a leucemia. O remédio Tasigna foi citado e recomendado na rede de relacionamento apresentando apenas uma linha de texto sobre as suas indicações.

O que chamou a atenção do órgão, que fechará o cerco para as próximas ações de promoção on-line de produtos farmacêuticos, foi o fato das informações não comunicarem os riscos inerentes ao uso do Tasigna. De acordo com o FDA, para materiais promocionais serem confiáveis e não levarem a mau entendidos nos campos da alimentação e indústria farmacêutica, eles precisam apresentar informações sobre seus riscos inerentes e não apenas os benefícios.

As ações promocionais e de publicidade para remédios, cujo principal público-alvo são médicos e profissionais da saúde, seguem regras relacionadas, não apenas ao seu formato, mas também aos textos e forma como as informações são apresentadas em samplers, materiais impressos, rádio e TV.

As ações de promoção on-line, que são bastante recentes para a indústria de remédios, devem estar em acordo com todas estas definições e, certamente, implicarão sanções ainda maiores e mais pesadas a quem infringir a lei. Essa situação é problemática, por exemplo, para profissionais de marketing que pretendem usar ferramentas populares de relacionamento como o Twitter e o Facebook, visto as mensagens instantâneas publicadas neles comportarem poucos caracteres. Mesmo as pesquisas pagas do Google tem tamanho limitado e uma indicação ou contra-indicação dificilmente caberá, por exemplo, em 140 caracteres. Este foi o primeiro caso de atuação da FDA em ações promocionais na internet.

O Google já fez uma proposta com um novo formato padrão para links patrocinados no caso de busca por publicidade farmacêutica. Na proposta, os links pagos aparecem seguidos de um aviso seguido de um link para mais informações. Mas a FDA considera esta iniciativa ainda insuficiente no sentido de que não incluirá todas as informações necessárias em materiais promocionais.